Sociologia/Filosofia




 Ética e Escravidão


No Brasil, a escravidão teve início com a produção de açúcar na primeira metade do século XVI. Os portugueses traziam os negros africanos para utilizar como mão-de-obra escrava nos engenhos de açúcar. Os comerciantes de escravos portugueses vendiam os africanos como se fossem mercadorias e eram tratados como tal.
O transporte era feito da África para o Brasil, nos porões do navios negreiros. Amontoados, em condições desumanas, muitos morriam antes de chegar ao Brasil, sendo que alguns corpos eram lançados ao mar para equilibrar o peso dos navios.
Os escravos africanos poderiam ser designados pelos seus senhores para o desenvolvimento dos mais diversos tipos de atividades, destacando-se as atividades agrícolas, lavoura, sendo a extração da cana-de-açúcar a principal, a mineração e os serviços domésticos.
Na agricultura, muitos escravos foram utilizados também no cultivo de tabaco, algodão e café. Já na mineração, muitos nativos foram utilizados na exploração de metais preciosos, principalmente o ouro, na região de Minas Gerais.
Os escravos domésticos, como indica o próprio nome, trabalhavam nas casas de seus senhores, realizando serviços como cozinhar e costurar. Existiram ainda casos de escravos que prestavam serviços remunerados e deveriam pagar parcela de sua renda ao seu proprietário, os chamados “escravos ao ganho”, além de escravos que eram alugados pelos seus senhores para desenvolver algum ofício  a um terceiro, sendo assim “escravos de aluguel”.  Estes dois últimos tipos de escravos desenvolviam suas tarefas geralmente nos espaços urbanos.
O escravo encontrava-se na posição de propriedade de seu senhor, não possuindo assim qualquer direito. Era o seu proprietário o responsável por garantir os elementos básicos à sua sobrevivência, como a alimentação e as suas vestimentas. O cativo estava à disposição do seu dono, que o super explorava.
A escravidão era uma coisa comum nessa época. As justificativas mais comum a essa prática eram: Que os africanos não eram pessoas puras, eram pecadores por não cultivar a mesma cultura europeia e assim com o trabalho eles deviam pagar essa pecados.
Após a abolição, assinada em 1888 pela Princesa Isabel, os escravos seguiram suas vidas normais. Alguns voltaram a sua vida na África, outros continuaram trabalhando nas fazendas, pois não tinham o que fazer ou onde viver. Alguns receberam terras do seu senhores e viraram pequenos agricultores, outros sugiram para a cidade para tentar melhorar de vida.