Português

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Abaixo um soneteo árcade de Cláudio Manuel da Costa. Um dos percusores do arcadismo no brasil.
Poema com linguagem da época:

"Onde estou? Este sítio desconheço:
Quem fez tão diferente aquele prado?
Tudo outra natureza tem tomado,
E em contemplá-lo tímido esmoreço.

Uma ponte aqui houve; eu não me esqueço
De estar a ela um dia reclinado!
Ali em vale um monte está mudado
Quanto pode aos anos o progresso!

Árvores que vi tão florescentes,
Que faziam perpétua a primavera:
Nem troncos vejo agora decadentes.

Eu me engano: a região esta não era
Mas venho a estranhar, se estão presentes
Meus males, com que tudo degenera!"

Poema adpatado para a linguagem atual:
O Poema não apresenta diferenças entre a linguagem antes e depois do acordo ortográfico.


"Onde estou? Este sítio eu não conheço:
Quem foi que fez aquele campo tão belo e diferente?
Aqui tem tudo outra natureza,
E em contempla tanta beleza, eu tímido esmoreço.

Aqui tinha uma ponte, eu não me esqueço
De estar a ela um dia reclinado!
Ali no vale, um monte está mudado
Quanto pode aos anos o progresso!

Árvores que vi tão cheias de flores,
Que eternizava a primavera:
Nem troncos vejo agora decadentes.

Eu me engano: a região não era esta.
Mas venho a estranhar, se estão presentes
Meus males, com que tudo degenera!"